terça-feira, setembro 19, 2006

3 - Conversa de surdos

Há dias encontrei o Bocage a beber café numa esplanada em Setúbal...
Ali na avenida Tody!
Tinha um cordel de sisal metido num ouvido e esforçava-se para o conseguir puxar do fundo da goela.
Oh Bocage, o que estás a fazer, pá?
"Ghgagoo gag gaagiigh ghooéga!"
Aaaah! Bem me parecia. E queres ajuda?
"Gaaguga gghii, schléép!"
Ok, não digas que não ofereci ajuda. Mas ouve lá; achas que consegues tirar daí a espinha com a cera do ouvido??
"Gaarr geeh gonghiigo"
Bebi o café dele e segui o meu caminho. Não sem antes deixar um gafanhoto e um palito para pagar o café e, dar uma palmada nas costas do Bocage.
Boa sorte pá!
"Obrigado!"

quinta-feira, setembro 07, 2006

II - Caixa de tesouros

Se eu abrisse a caixa de Pandora, concerteza que a ouviria arrotar...
Isso é algo que acontece frequentemente quando se vomita.
Principalmente quando se vomita cá para fora todas as pragas alguma vez criadas...
Quer dizer, no fim de uma bela "vomitadela" até sabe bem arrotar, não é?

E pelo que vejo, a bela caixa, até traz incluído um palito mensageiro.
A última vez que fumei um destes, fiquei siderado ao ver esfumarem-se no ar, lindos versos de amor...
A par dos restos de queijo e da sandes de torresmos do almoço de Zeus.

Este palito tem uma bela voz! Porque será que Pandora largou a caixa do seu almoço à minha porta? Será que se tornou vegetariana? Ás tantas lembrou-se de emagrecer para agradar ao escaravelho broche de Cleópatra!

De qualquer modo, acho que fico com a caixinha. Engulo uns gafanhotos, à sua saída da caixa e, quando estiver vazia guardo o pão e os pastéis de nata, lá dentro...

Powered by Blogger